Eu dou motivo para que me chamem de caipira, e eu não me zango, pois não é mentira, pelo contrário, isso até me da valor.
Tive infância, morei na "roça", bem como, lições de faculdade.
Porém, isso não muda o meu ser. Sou simples, sou humilde, e sempre serei. Sou caipira, o que é diferente de ser matuto (imagem do caipira que muitos ignorantes tem em mente), caipira não é matuto, caipira é caipira.
O meu sangue é sertanejo, sou um goiano legítimo, do "pé rachado", com muito orgulho.
Todas as vezes que me chamam de caipira, é um carinho que recebo de alguém, é uma prova que a pessoa me admira, e nem calcula o prazer que a gente tem... (trecho da música "O doutor e o caipira").
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Quero que fique claro, estou falando do caipira mesmo. Zé Mulato e Cassiano, dupla de cantores caipira, souberam como poucos, explicar o que quero dizer. Nos versos de “Navegante das Gerais”, os dois cantam:
Se me chamam de caipira
Fico até agradecido
Pois falando sertanejo
Eu posso ser confundido
(...)
Defendo nossas raízes
Por isso tenho brigado
Não escondo minha origem
Sou caipira liberado
Minha modinha é singela
Igual a flor do cerrado
Mas é sertão brasileiro
Tudo o que eu tenho cantado
Infelizmente o que vejo
É um bando de sertanejo
Com mania de importado.